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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Especialista em Docência do Ensino Superior pela Fibh e graduado em História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte. Atualmente é professor do ensino médio. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da tecnologia na educação.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A mesma sala em 1934 e em 2011, o que mudou na forma de ensinar?


Sala de aula do Colégio Dante Alighieri em 1934 e em 2011 Disponíbel em: ttp://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/veja+o+antes+e+depois+do+colegio+dante+alighieri/n1597049348730.html acesso em: 29/11/2011.

sábado, 11 de junho de 2011

História da “Consciência Histórica” Ocidental Contemporânea - Hegel, Nietzsche, Ricoeur

Vai ai uma dica de livro!!!
O novo livro do Prof. José Carlos Reis, no qual ele analisa as relações entre História e Filosofia trabalhando com Três grandes filósofos, Hegel, Nietzsche e Ricoeur. Leiam a baixo a sinopse da livraria autêntica.

A relação entre história e filosofia é conturbada. Os historiadores nunca apreciaram a companhia dos filósofos, por creditarem à filosofia um caráter especulativo, abstrato. De fato, o historiador deve insistir na concretude dos fatos, nos anais e no caráter investigativo da historiografia. Entretanto, a distância absoluta deste com relação à filosofia é equivocada, porque os historiadores que ignoram os estudos filosóficos deixam de compreender sua própria atividade. E é exatamente isso que José Carlos Reis discute nesta obra. Para o autor, as diferenças entre as duas disciplinas são grandes, mas não há antagonismo entre elas, muito pelo contrário. Ele entende que sem qualquer consideração filosófica a história é simplória, da mesma forma que sem qualquer perspectiva histórica a filosofia perde sua consistência.
Este livro pretende refletir sobre esse mal-entendido entre a filosofia e a história a partir de uma primorosa abordagem de obras de filósofos sobre a história, fundamental para historiadores contemporâneos compreenderem a importância dos estudos filosóficos em sua prática; afinal, suas pesquisas sempre foram realizadas de acordo com os quadros conceituais construídos por Hegel, Nietzsche e Ricoeur.

Vale a pena comprar, eu recomendo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

À Luz da Memória e do Documento

                
A humanidade vive um momento em que a informação é o bem mais precioso que uma pessoa pode possuir. E não precisamos nos esforçar muito para percebermos esta realidade, basta navegar pela internet para constatar-la. Entretanto, não é de hoje que a informação vem fazendo a diferença no cotidiano da humanidade. Se passearmos rapidamente pela história, poderemos evidenciar o quanto a informação adquirida juntamente com o conhecimento e a tecnologia tem sido importante na evolução da humanidade no decorrer dos séculos.
Em relatos e evidencias sobre o homem mais antigo que se têm conhecimento, já nos é possível perceber uma capacidade de adquirir e reter conhecimentos. Podemos ainda inferir que a aquisição destes conhecimentos na maioria das vezes, é motivada pelos obstáculos que se lhe apresentam e pela sua necessidade de superá-los. Destarte, o homem através do acumulo de conhecimentos adquiridos, motivado pelos percalços a serem superados e por sua capacidade de raciocínio é estimulado a produzir tecnologia. Temos assim, um quadro que vêm se perpetuando durante milhares de anos e, ainda presente em nossos dias, ou seja, conhecimento gera tecnologia que, por sua vez, resulta em informação. O resultado deste processo transforma o cotidiano das pessoas, facilitando a produção de mais conhecimentos que, cedo ou tarde, culminará em uma nova tecnologia que outra vez produzirá informação possibilitando a assimilação de novos conhecimentos que tendem a resultar em novas tecnologias, e assim, gerar mais informação, tornando-se um circulo vicioso. 
Neste longo caminho que a humanidade vem percorrendo, desde o primeiro registro encontrado sobre o ser humano até aos nossos dias, podemos observar que dentre os inúmeros conhecimentos adquiridos, tecnologias e informações produzidas, alguns foram essenciais para o desenvolvimento da humanidade tal qual a conhecemos hoje. Ademais poderíamos citar aspectos triviais do nosso cotidiano como o dialeto que possibilitou a comunicação entre os indivíduos e facilitou à aquisição e propagação de conhecimentos, a escrita criada na mesopotâmia, que nos trouxe a possibilidade de registrar estes conhecimentos e transmiti-los através do tempo, a prensa com tipos móveis e muitas outras tecnologias que já estão intrinsecamente ligadas ao cotidiano contemporâneo.
Entretanto, só nos é possível conhecer um pouco dos fatos que vêem acontecendo no cotidiano da humanidade no decorrer dos séculos, graças à memória e aos documentos que de uma forma ou de outra foram preservados. Neste contexto, nos é possível inferir que no principio da humanidade já havia, de alguma forma, a preocupação de preservar a memória daquele cotidiano, ainda que inconsciente.  Se não, como explicar as pinturas rupestres, a escrita na pedra, o quipu e todas as outras formas de expressão encontradas no mundo todo e, em diversas civilizações?
Porém, para que possamos nos aproximar do verossímil, precisamos observar algumas técnicas no trato do documento e da memória. Além disso, a ideia de documento no que concerne ao historiador, sofreu mudanças significativas com o passar dos anos como podemos perceber quando Lopez cita Jacques Le Goff:
A história nova ampliou o campo do documento histórico; ela substituiu a história de Langlois e Seignobos, fundada essencialmente nos textos, por uma história baseada numa multiplicidade de documentos: escritos de todos os tipos, documentos figurados, produtos de escavações arqueológicas, documentos orais, etc. Uma estatística, uma curva de preços, uma fotografia, um filme, ou, para um passado mais distante, um pólen fóssil, uma ferramenta, um ex-voto são, para a história, nova, documentos de primeira ordem. (p19).
        
Assim para tentarmos reproduzir os fatos acontecidos com a maior proximidade que nos é possível, precisamos problematizar o objeto de estudo, questionar quando o documento que utilizaremos foi criado, por quem foi criado, por qual motivo foi criado, e mais, quais acontecimentos permeavam a sociedade local e mundial naquele momento que poderiam de alguma forma influenciar na elaboração do documento em questão.
É preciso lembrar que, para o historiador do século XXI, a facilidade de obter informações, dado a sua grande difusão através das tecnologias da informação, em especial a internet, pode-se configurar em uma ameaça ao invés de auxilio. Destarte, um fator essencial e que deve ser observado com rigor é a fonte de onde extraímos nosso documento. Neste sentido cabe a nós enquanto pesquisadores, nos mantermos atualizados em relação as nova tecnologia que surgem e se renovam todos os dias neste mundo globalizado, afim de que saibamos discernir de onde podemos ou não extrair informações confiáveis. Pois só observando estes cuidados poderemos realizar um trabalho serio e com bases solidas.
Referencia
LOPEZ, André Porto Ancona. DOCUMENTO E HISTÓRIA. In MALERBA, Jurandir (org). A VELHA HISTÓRIA: Teoria, Método e Historiografia. São Paulo: Ed. Papirus. 1996. p. 15-36.

domingo, 5 de junho de 2011

O Retrato do Brasil

http://www.museuhistoriconacional.com.br/
Foto: Vila da felicidade. Manaus. AM, 2003

O TRÁFICO NEGREIRO

Gravura do século XIX disponível em:http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2645,1.shl



O maior contato dos europeus com a África, iniciado no século XV, revelou há existência de um grande número de habitantes e uma imensa diversidade cultural. Entretanto, os europeus não conseguiram enxergar nesses povos e em suas culturas, traços de civilização e, enquanto europeus, não levaram em consideração que aqueles povos tinham uma cultura diferente. Assim os povos africanos entraram para história como bárbaros que podiam ser escravizados, ocupando o lugar na história que lhe foi atribuído pelo trafico de escravos.

Com o descobrimento da América pelos espanhóis, criou-se uma grande necessidade de mão-de-obra que a principio foi suprida pelos próprios habitantes da América. Entretanto, a própria Coroa espanhola influenciada pela Igreja e pelos protestos de Las Casas, proibiu o uso dos habitantes locais na condição de escravo, salvo no caso de guerra justa e, não podemos nos esquecer da ecomiendas. Com a escassez de trabalhadores e o recrudescimento das plantações de cana-de-açúcar, café, tabaco e algodão e, com a exploração das minas de ouro e prata, à Espanha não restou alternativa senão recorrer ao uso de mão-de-obra africana.

Destarte, se a Espanha tinha necessidade crescente de mão-de-obra, Portugal, há tinha em demasia. Isso óbvio, se pensarmos na mão-de-obra africana que era garantida a Portugal pelo Tratado de Tordesilhas, no qual a África “pertencia” aos portugueses. Assim durante um bom tempo os ibéricos detiveram o monopólio do tráfico negreiro que posteriormente se alastrou a país como Inglaterra, França e Holanda.

O Tráfico negreiro foi, e, ainda é, em muitas ocasiões, explicado como uma simples atividade de lucro e obtenção de mão-de-obra, o que talvez, em certo sentido, tenha acontecido mesmo. Entretanto, há vários outros aspectos do tráfico negreiro que merecem nossa atenção, como os relatados por Jaime Rodrigues que em seu livro faz uma abordagem do tráfico sobre o ponto de vista do negro, dando assim, foz aqueles que foram silenciados pela violência.

Um aspecto muito explorado é o impacto do trafico sobre as sociedades europeias e americanas, e como esta mão-de-obra foi crucial para exploração e desenvolvimento das terras “descobertas”. Entretanto, pouco se fala sobre os impactos do tráfico negreiro na África e seus habitantes. Um continente que tinha tudo para ser um dos que mais avançaria demograficamente, vê seu crescimento comprometido pelo tráfico, ao ponto de entre 1500 e 1870 registrar a menor taxa de crescimento demográfico entre todos os continentes.

Economicamente o tráfico negreiro não trouxe nenhum crescimento para os africanos. Todo lucro gerado com a compra e venda dos escravos eram empregados no próprio comercio e tráfico negreiro. Por outro lado, para os europeus a única função da África era fornecer escravos e, a política colonial, impedia qualquer empreendimento comercial que competisse diretamente com o comercio europeu, o que prejudicou muito o desenvolvimento africano.

Em 1831 com a proibição do tráfico negreiro para o Brasil, têm inicio há um período de clandestinidade dos navios negreiros e, devido a esta proibição, torna-se necessário algumas medidas para burlar a lei como, ensino de algumas palavras em português aos africanos, pois, o não conhecimento da língua portuguesa pelos escravos aprisionados, configuraria em tráfico, o que era proibido. Outra medida tomada foi à utilização de embarcações menores, mais velozes e, a partir do século XIX, os traficantes de escravos começaram a utilizar navios a vapor no intuito de facilitar, caso fosse necessário, a fuga do patrulhamento dos ingleses e brasileiros.

Com um pouco de pesquisa sobre o tráfico negreiro podemos perceber que sua prática foi  extremamente negativa para África, social, demográfica, economicamente. Por isso, quando pensarmos e falarmos sobre o tráfico negreiro é preciso que saibamos que a escravidão já existia na África muito antes dos europeus chegarem sim. Porém, diferentemente do que até pouco tempo era amplamente divulgado, precisamos saber também que esta escravidão na sociedade africana tradicional, não tinha fins comerciais e nem o escravo era considerado uma mercadoria, mais que isso, normalmente sua condição de escravo era passageira. A escravidão, ou melhor dizendo, a escravatura africana tinha como finalidade trazer prestigio e poder em uma proporção direta com o numero de dependentes que podia ser mantido pelo seu senhor. Portanto, se alguns soberanos africanos começaram a guerrear como forma de criar um contingente de escravos com a finalidade de vendê-los ao tráfico, foi devido à influência dos europeus, que para realizar seus objetivos faziam o que fosse preciso, não se importando com a condição do outro.

Destarte, se quisermos entender um pouco melhor as questões que permearam o tráfico negreiro, é preciso buscar uma visão multiforme alicerçada através dos vários atores que fizeram parte deste mercado exportador de mão-de-obra, seja como comerciante ou comercializado. Contudo, devido a pouca importância que até recentemente era atribuída, à história da África, ainda temos muito que aprofundar nas pesquisas sobre o tráfico negreiro para que possamos compreender melhor e tentar traçar uma história que se aproxime do verossímil.


REFERENCIA


GOLDSTEIN, Ilana. A REDE SOCIAL DO TRÁFICO
NEGREIRO. In Dossiê – Memória da Escravidão. Disponível em:
http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2645,1.shl – acesso: 20/05/2011

M’BOKOLO, Elikia. ÁFRICA NEGRA: História e
Civilizações – Toomo I (até o século XVIII). Ed: Edufba – 2009.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Educação dever de todos!

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Inclusão Digital


A inclusão digital no Brasil, ainda é algo que têm que ser muito trabalhada, começando pelo ambiente escolar. Os professores têm que deixar de lado o medo de lhe dar com o novo, abrir a sala de informática de suas escolas e possibilitar o seu acesso aos alunos.