A Revista Vox Objetiva em sua edição de nº 28 trouxe uma reportagem de Lucas Alvarenga sobre a educação no Brasil intitulada: Passando a Limpo. Vejamos alguns trechos dela.
“... entre 2005 e 2009, o Brasil ampliou em 72% o investimento público por aluno no ensino básico? Pesquisadores brasileiros apresentam leituras diferentes para o mesmo tema e garantem: os fatos, observados isoladamente, não explicam a educação no país.
Tanto, que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil dá mostras de que a educação está entre suas prioridades. Afinal, o número de pessoas que não havia completado o ensino médio no país caiu de 63% em 2007 para 59% em 2010. Além disso, o país registrou, no mesmo período, a maior elevação na quantia de recursos destinados por aluno da educação infantil e do ensino médio, 121%. Sinais de evolução que esbarram, porém, em outros números nada animadores.
No exame internacional Pisa de 2006, o Brasil ficou em 54º lugar entre os 57 países avaliados em matemática e em 49º entre 56 países na avaliação sobre capacidade de leitura. Já no Enem 2010, o panorama foi ainda mais desolador. Entre as instituições de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva (511,21 pontos), 96% eram públicas. Ao todo, 63% das escolas participantes ficaram abaixo da média, segundo o Ministério da Educação (MEC). E na ponta da tabela, apenas uma escola pública entre as 20 melhores do país.
Mesmo com R$ 63,71 bilhões reservados este ano, as personagens da educação vêm protagonizando cenas de reivindicação pelo cumprimento do piso salarial, instituído na administração Lula, além de histórias como de Silvana dos Santos, mãe que, durante a greve dos professores em Minas Gerais, viu que a transferência de sua filha não foi a melhor das escolhas. A jovem ficou sem aulas na nova escola pública e a mãe, consternada. A fim de colaborar para a resolução destes problemas e em favor de uma melhor relação custo-benefício para o ensino, especialistas em educação verificam o quão eficientes são os gastos com o setor e mostram que o valor investido por aluno ainda está aquém dos padrões Internacionais.
A meta é dez
Doutor em Educação pela Unimep-SP, Nelson Cardoso Amaral não dispensa os números. Categórico, o especialista em financiamento educacional compara realidades distintas para sustentar a bandeira em favor de 10% da riqueza nacional para educação até 2020. “Em 2008, o Brasil teve um PIB, corrigido pelo poder de compra, de US$ 2 trilhões, enquanto a Alemanha chegou a US$ 3 trilhões. O governo brasileiro aplicou 4,7% do PIB em educação, já o alemão, 4,6%. A população em idade educacional brasileira foi de 84 milhões e a germânica de 18 milhões. Se efetivarmos as contas de quanto Brasil e Alemanha gastaram por pessoa em idade educacional, concluímos que aqui se aplica US$ 959 e lá US$ 7.187. Uma grande diferença”, esmiúça.
Tanto, que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil dá mostras de que a educação está entre suas prioridades. Afinal, o número de pessoas que não havia completado o ensino médio no país caiu de 63% em 2007 para 59% em 2010. Além disso, o país registrou, no mesmo período, a maior elevação na quantia de recursos destinados por aluno da educação infantil e do ensino médio, 121%. Sinais de evolução que esbarram, porém, em outros números nada animadores.
No exame internacional Pisa de 2006, o Brasil ficou em 54º lugar entre os 57 países avaliados em matemática e em 49º entre 56 países na avaliação sobre capacidade de leitura. Já no Enem 2010, o panorama foi ainda mais desolador. Entre as instituições de ensino que tiveram desempenho inferior à média nacional na prova objetiva (511,21 pontos), 96% eram públicas. Ao todo, 63% das escolas participantes ficaram abaixo da média, segundo o Ministério da Educação (MEC). E na ponta da tabela, apenas uma escola pública entre as 20 melhores do país.
Mesmo com R$ 63,71 bilhões reservados este ano, as personagens da educação vêm protagonizando cenas de reivindicação pelo cumprimento do piso salarial, instituído na administração Lula, além de histórias como de Silvana dos Santos, mãe que, durante a greve dos professores em Minas Gerais, viu que a transferência de sua filha não foi a melhor das escolhas. A jovem ficou sem aulas na nova escola pública e a mãe, consternada. A fim de colaborar para a resolução destes problemas e em favor de uma melhor relação custo-benefício para o ensino, especialistas em educação verificam o quão eficientes são os gastos com o setor e mostram que o valor investido por aluno ainda está aquém dos padrões Internacionais.
A meta é dez
Doutor em Educação pela Unimep-SP, Nelson Cardoso Amaral não dispensa os números. Categórico, o especialista em financiamento educacional compara realidades distintas para sustentar a bandeira em favor de 10% da riqueza nacional para educação até 2020. “Em 2008, o Brasil teve um PIB, corrigido pelo poder de compra, de US$ 2 trilhões, enquanto a Alemanha chegou a US$ 3 trilhões. O governo brasileiro aplicou 4,7% do PIB em educação, já o alemão, 4,6%. A população em idade educacional brasileira foi de 84 milhões e a germânica de 18 milhões. Se efetivarmos as contas de quanto Brasil e Alemanha gastaram por pessoa em idade educacional, concluímos que aqui se aplica US$ 959 e lá US$ 7.187. Uma grande diferença”, esmiúça.
A fim de estudar os efeitos colaterais da má gerência e do desvio de verbas destinadas à educação no Brasil, pesquisadores desenvolveram um estudo pela PUC-Rio, junto à Universidade de Berkeley (EUA) e ao Banco Mundial. Assinado pelos economistas Claudio Ferraz, Frederico Finan e Diana Bello Moreira, “Corrupção, Má Gestão, e Desempenho Educacional: Evidências a Partir da Fiscalização dos Municípios” surgiu como possibilidade de se analisar as consequências de desvios sobre a disposição de bens e serviços públicos. “A educação é reconhecida de forma unânime como importante para o desenvolvimento de países e, dada a riqueza de dados educacionais no Brasil, o setor nos pareceu o candidato natural para estudar os efeitos da corrupção”, esclarece Diana, pós-doutoranda em Economia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos."
No alto dos meus 42 anos e, desde que me entendo por gente, a educação, a saúde, o sistema carcerário e a segurança pública, sempre foram formas eficazes de se conseguir voto e verba para os Estados e Municípios.
É claro que o problema da educação do Brasil passa por um pouco das duas situações. Precisamos sim aumentar o investimento em educação e nos EDUCADORES, e não ficar manipulando os números de forma a parecerem favoráveis como demonstra a reportagem, pois realidades diferentes denotam atitudes diferentes e, por conseguinte, investimentos diferentes. Por outro lado o Governo que tem criar dispositivos para garantir que a verba destinada à educação chegue até as escolas, e mais, que sejam empregadas em busca de uma educação de qualidade.
Para que isso possa acontecer, nós brasileiros, temos que nos espelhar na atitude dos nossos vizinhos do Chile, onde a população no dia das crianças saiu às ruas em apoio as manifestações dos estudantes em prol de uma educação de qualidade e gratuita.
Referencia:
Revista Vox Objetiva. Nº 28. Disponível em: http://www.voxobjetiva.com.br/materia_completa.php?id=429 . Acesso em: 30/11/2011.