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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Especialista em Docência do Ensino Superior pela Fibh e graduado em História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte. Atualmente é professor do ensino médio. Tem experiência na área de História, com ênfase em História da tecnologia na educação.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Simon Bolivar - A América também possui personalidades históricas.



MEMÓRIA: Em 24 de julho de 1783 nascia Simon Bolívar. Oriundo da atual Venezuela, filho de aristocratas espanhóis, Simón Bolívar (1783-1830) foi figura central da independência das colônias espanholas na América, ao lado do argentino San Martín. Considerado como o grande ícone da independência da Venezuela, Colômbia, Peru, Equador e Bolívia, Bolívar tentou colocar em prática na América idéias de Rousseau, Hobbes e outros filósofos do Iluminismo. Foi fortemente influenciado pelos ideais das Revoluções Americana e Francesa. Descrito por seus biógrafos como homem de pensamento rápido, estratégia mais diplomática e econômica do que bélica, em seus escritos, como o Manifesto de Cartagena, conclamava os irmãos massacrados pelos colonizadores espanhóis a uma união política e econômica que desse poder de barganha a seus produtos no mercado internacional e estatura própria às nações sul e centro-americanas, que não deveriam mais ser vistas como quintal das potências centrais.

O sonho de Simon Bolívar era o de criar, na antiga área colonial espanhola, poucos e grandes países, unidos em uma confederação. Na Carta da Jamaica, de 1815, defendia ele: “Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América, a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riqueza do que pela liberdade e glória”.

No entanto, a idéia de uma América hispânica unida, senão unificada, esbarrou e desmoronou em pouco tempo face aos interesses estritamente locais das diferentes elites criollas e pela oposição dos EUA e da Inglaterra. Na verdade, a conquista espanhola havia criado uma unidade fictícia, retendo sob seu domínio civilizações diversas, povos diferentes, alojados em células geográficas separadas por imensos espaços

Em 1811 Venezuela e Paraguai declaram-se livres. Em 1816 o Congresso de Tucúman declara a independência das Províncias Unidas do Prata, que se tornarão Argentina e Uruguai, e em 1818 o Chile, com auxílio de mercenários ingleses ao lado de criollos e população nativa, alcança sua independência. A Gran-Colômbia reparte-se em Equador, Colômbia e Venezuela. No início do século XX, a província separatista do Panamá consegue, com auxílio norte-americano e em troca da cessão do território para a construção do canal do Panamá, a independência em relação à Colômbia.

O México torna-se independente em 1821 e, a princípio, está ligado a ele o território da América Central. Em 1823 formam-se as Províncias Unidas da América Central que permaneceram unidas por pouco tempo. No ano de 1831 esfacelam-se em Guatemala, Honduras, Costa Rica, El Salvador e Nicarágua. Na região insular, o Haiti havia sido original e conseguira sua libertação em 1804 (que trataremos em outra postagem). Em 1844 surge, na mesma ilha do Haiti, a República Dominicana. Cuba permanece sob domínio espanhol até 1898, a Jamaica é inglesa até 1962, a Guiana até 1966 e o Suriname só alcança independência em relação à Holanda em 1975.

O sonho de Bolívar nunca se concretizou.

Postado por Rodrigo M. equipe Historia E Historiografia Brasil

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